„A quem pertence a língua alemã?“ & “Eu ficaria um pouco inseguro se…” — Sentimentos de docentes brasileires de alemão sobre sua posição como falantes não-natives – Roda de Conversa

A roda de conversa começa com uma reflexão introdutória de Jenny Fischer (Leitora do DAAD na UFRJ), que propõe pensar a língua alemã oficial (Amtssprache) não como meio neutro de comunicação, mas como instrumento político — um elemento que regula acessos, pertencimentos e legitimidades, especialmente no contexto da sua circulação global.

A seguir, Daniele Polizio (Universidade de Viena) apresenta resultados e reflexões a partir de sua pesquisa com professores de alemão no Brasil, com foco nos efeitos subjetivos e afetivos das dinâmicas de legitimação linguística. Que sentimentos e estados emocionais estão associados à posição de “falante não native”? Que afetos emergem no contato e na comparação com colegas ou interlocutores percebidos como falantes L1 da língua alemã, sobretudo vindos de contextos germânicos?

A conversa convida à desconstrução do ideal do “falante nativo” e propõe um olhar crítico, inclusivo e pluricêntrico sobre o ensino de alemão como língua adicional.